O Senado parou. Não se vota mais matérias importantes para coletividade. O que se vê é uma guerra, batalha política que teve apenas um singelo “bem-vindo” ontem, na volta do recesso parlamentar. De um lado Pedro Simon – velho e respeitado Senador – e do outro, Collor e Renan – velhos e... Senadores, para fechar.
Tudo começou quando Simon começou a defender a saída de outro velho e...Senador, José Sarney, Ex-Presidente da República, acusado de desvio de verbas (desvio de verbas é o termo usado à classe mais avantajada, que se preocupa em usurpar valores acima dos milhões. Para os menos endinheirados, o nome que se dá, no popular, é “roubar”), voltando... acusado de desvio de verbas, de tráfico de influência, de nepotismo e etc. Ao pedir a saída do Presidente da Casa, Renan achou-se no dever de defender o velho amigo e companheiro de tantas batalhas, praticamente chamou Simon de traidor, uma vez que este declarou, outrora, apoio ao Presidente, mas que – naquele momento – pedia para Sarney deixar o cargo. O mesmo Renan – dono do Senado – esteve na berlinda há pouco tempo. Simon, então, retrucou-o falando no púlpito que ele tinha feito a mesma coisa com o Senador Collor, declarou apoio ao então Presidente da República e, ao ver que a coisa tava feia, abandonou-o. Collor, que hoje defende Sarney (o mesmo Sarney que ele atacou em 1989), achou ruim seu nome ser falado (collado numa suposta jogatina para o rumo da China) da tribuna. E com palavras chulas e uma retórica de Jagunço pediu para que Simon “engolisse e digerisse” como quisesse as palavras que ele iria falar. Mal se lembra o Senador o prejuízo que milhares de brasileiros tiveram de “engolir e digerir” quando ele resolveu confiscar a poupança dos correntistas.
O que mais me impressionou não foi o bate-boca, mas os olhos de Collor: vermelhos, esbugalhados, arregalados, estupefados, lembrei-me dos X-Men. Se ele fosse um mutante, certamente seria o Ciclope . Dedos eretos como se tivesse uma arma na mão, fungava feito um búfalo. Coisas do DNA.
Para os que não sabem de onde vem toda aquela “vontade de matar” de Collor de Melo, agora esclareço: filho de Arnon Afonso de Farias Melo, empresário, ex-governador de Alagoas e ex- Senador da República, Arnon (quando também era Senador) assassinou com três tiros, dentro do Senado Federal, um adversário político, O Senador José Kairala. Arnon, pai de Collor, foi, então, o primeiro Senador da República a ter o mandato cassado. Coisas do DNA.
Tudo começou quando Simon começou a defender a saída de outro velho e...Senador, José Sarney, Ex-Presidente da República, acusado de desvio de verbas (desvio de verbas é o termo usado à classe mais avantajada, que se preocupa em usurpar valores acima dos milhões. Para os menos endinheirados, o nome que se dá, no popular, é “roubar”), voltando... acusado de desvio de verbas, de tráfico de influência, de nepotismo e etc. Ao pedir a saída do Presidente da Casa, Renan achou-se no dever de defender o velho amigo e companheiro de tantas batalhas, praticamente chamou Simon de traidor, uma vez que este declarou, outrora, apoio ao Presidente, mas que – naquele momento – pedia para Sarney deixar o cargo. O mesmo Renan – dono do Senado – esteve na berlinda há pouco tempo. Simon, então, retrucou-o falando no púlpito que ele tinha feito a mesma coisa com o Senador Collor, declarou apoio ao então Presidente da República e, ao ver que a coisa tava feia, abandonou-o. Collor, que hoje defende Sarney (o mesmo Sarney que ele atacou em 1989), achou ruim seu nome ser falado (collado numa suposta jogatina para o rumo da China) da tribuna. E com palavras chulas e uma retórica de Jagunço pediu para que Simon “engolisse e digerisse” como quisesse as palavras que ele iria falar. Mal se lembra o Senador o prejuízo que milhares de brasileiros tiveram de “engolir e digerir” quando ele resolveu confiscar a poupança dos correntistas.
O que mais me impressionou não foi o bate-boca, mas os olhos de Collor: vermelhos, esbugalhados, arregalados, estupefados, lembrei-me dos X-Men. Se ele fosse um mutante, certamente seria o Ciclope . Dedos eretos como se tivesse uma arma na mão, fungava feito um búfalo. Coisas do DNA.
Para os que não sabem de onde vem toda aquela “vontade de matar” de Collor de Melo, agora esclareço: filho de Arnon Afonso de Farias Melo, empresário, ex-governador de Alagoas e ex- Senador da República, Arnon (quando também era Senador) assassinou com três tiros, dentro do Senado Federal, um adversário político, O Senador José Kairala. Arnon, pai de Collor, foi, então, o primeiro Senador da República a ter o mandato cassado. Coisas do DNA.
Por Flávio Rossi
3 comentários:
Sagaz, irônico e com excelente olhar crítico. Vida longa ao seu local de expressão querido amigo.
Muito bom o texto Flávio. Você consegue fazer o que poucas pessoas conseguem: dizer o que você pensa, retratando um tema atual, com sagacidade.
O mais engraçado é quando você retrata o Collor.
Espero encontrar muitos textos seus críticos, como esse!!!
Bjin...
OBS: a parte do ciclope ficou muito engraçado... kkkkk
Gostei da parte do sinônimo de desvio de verbas e da versatilidade do texto abraço...
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