Quem disse que religião, política e fubebol não se discutem?

No popular, houve-se muito que "religião, política e futebol" não se discute (sic). Na verdade, o dizer não incluía o termo "política", ele só foi incorporado mais tarde, pela elite e pelos próprios políticos, a fim de evitar o debate e os questionamentos político entre as pessoas. Dessa forma, sem o debate, como poderia eu estabelecer meu posicionamento e também aprender com o próximo? Debates ajudam a esclarecer, ajudam no ceticismo, no questionamento. Além do mais, não só a política, mas também a religião e o futebol são passíveis de debates, desde que ambas as pessoas estejam dispostas a não somente falar, mas, antes de mais nada, escutar e aprender. Debatamos, então, sim.







21 de jun. de 2011

Na cabeça Ativa

Gosto do metrô daqui, do DF. Não que o transporte seja excelente, não o é, mas me evita vários transtornos do dia-a-dia. Além do mais, ir e vir no metrô têm-me inclinado a escrever vários textos. O mais recente trata de um assunto em pauta: a liberação do consumo de algumas drogas consideradas ilícitas.



O assunto não era muito corriqueiro nas rodas de debates, até um Ex-Presidente de esta República ir a um programa de grande audiência e falar sobre o tema. Inclusive convocando a sociedade para debater de fronte o assunto e, sobretudo, admitindo ter pedido a guerra contras as drogas. De qualquer forma, o fato é que o povo também perdeu a timidez para questionar sobre a tese - ainda mais em locais públicos - nesse caso aqui o metrô.



Estava eu sentando, concentrado no meu jogo japonês de nome esquisito chamado sudoku, quando entrou um grupo de jovens discutindo sobre o tema, que estaria em pauta no STF naquele dia. O debate estava acalorado e logo me tirou atenção. Na espreita, fiquei ali tentando sorver alguma informação inteligível, mas também fazendo força para distinguir os lados do embate. Percebi que havia ali estudantes com opiniões mais inclinadas à liberalização e outros com posturas mais ortodoxas, todos com a cabeça ativa. Vale ponderar aqui que alguns estudantes admitiam que também para liberdade de expressão havia limites. Achei grave o pensamento por entender justamente o contrário: o dia em que houver limite para as pessoas se exprimirem, então voltamos aos tempos de chumbo da ditadura. Uma coisa é liberdade de expressão, outra é apologia às drogas. A linha é tênue.



Fora isso, andei prestando atenção no campo lexical dos que debatiam. Lá pelas tantas, “o trem pegando fogo”, um esbravejou: “tem de discriminar logo, não adianta proibir, rapaz!” O Outro retrucou: “não tem de discriminar nada. O uso de drogas é pura falta de vergonha e moral! Um terceiro gritou: “então que se proíba também o uso do álcool e do cigarro, que faz mais mal que a maconha!” Arregalei os olhos, os poucos pelos do meu braço se arrepiaram. A contenda continuou. Não ia acabar tão cedo.



No final das contas, o STF não julgou a liberalização do uso das drogas, mas, sim, o direito de expressão, de opinião e de reunião  muito bem amparados pela Constituição Federal de 1988, reclamados pelo movimento "marcha da maconha". E fez bem. Amparou-nos. Não faz muito tempo uma banda de rock, precursora da liberdade de expressão, foi dissolvida à base da pura força bruta, sobre a êgide de que fazia apologia ao consumo de drogas.

Com toda o assunto em voga, na verdade, a minha dúvida mesmo ficou por conta das palavras homófonas: o certo é discriminar ou descriminar? (risos)

9 de jun. de 2011

Dona dos meus olhos é você.

A paixão foi arrebatadora. E eu parecia ser um adolescente quando te conheci assim, com olhos abertos olhando pra mim. Não resisti ao teu olhar e de, imediato, a paixão virou amor.



E desde então não consegui te esquecer, não consigo me livrar de ti – mas também nem quero. E esta saudade que me sufoca e corrói a minha alma, feito ácido sulfúrico, sempre me bate quando passo mais de dois dias sem te ver. Porém, é essa saudade que me corrói, que também faz meu amor por ti aumentar cada vez mais e mais à sua medida.



E os meus olhos seguem o teu assim como o girassol segue o sol. E o meu sangue transfundiu no teu e já nem sei mais quem sou: “Se na bagunça do teu coração, meu sangue errou de veia e se perdeu...”


Dona dos meus olhos é você, a quem devo a minha vida, a minha alma, o meu amor.







Ingrid, minha querida e amada filha, eu te amo.

Flávio Rossi

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Ceilândia, DF, Brazil
Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las - Voltaire