O que faz você feliz? Talvez um
carro, uma casa ou os dois. Um namorado, uma namorada ou até mesmo a certeza de
que está sozinho é melhor que com alguém que possa te magoar futuramente.
Talvez o que faça você feliz seja a expectativa de ser nomeado em concurso
público ou uma simples recolocação no mercado de trabalho. Ou um “bom dia” do filho, ou da filha, palavras de
afeto de quem você cuidou a vida toda e agora te retribui com truculências. Ou
ter um cachorro, ou um gato, tanto faz. Ler um livro, escutar boas músicas. Deitar-se
na sua cama ou o colo de seus pais. O que faz você feliz é o fato de que coisas
simples ou não te fazem feliz, independentemente do valor.
No auge dos meus 36 anos, ainda
não sei bem ao certo o que me faz feliz, afinal de contas nada do que planejei
outrora se realizou. Desejei, quando chegasse a esta idade, coisas totalmente
diferentes para minha vida, mas – infelizmente – até agora não fui capaz de
realizá-las. E o pior: às vezes, tenho a impressão de regredir a cada ano. Se
por um lado, há essa tristeza em olhar pra trás e ver que não deixei ainda quase
nenhum legado; por outro, há a certeza de que dias melhores virão, pois “a
evolução não dá saltos”. E, se a vida insiste em me dar pancadas na moleira, eu
insisto em levantar a cabeça, mais um dia, sempre em frente, a fim de resistir aos percalços que
ela me prepara, como se fosse uma maldição laboriosa.
Como nunca é tarde para
recomeçar, recomeçarei (do zero - se preciso for), mas recomeçarei, mais uma
vez e quantas forem necessárias. E, se as circunstâncias da vida insistem em
querer me ajoelhar, há sempre a certeza de que bons amigos estarão ao meu lado,
como hoje, como foi ontem e anteontem, como será para posteridade. As amizades
são meu único legado até então e é nesse sentido que eu vos digo: Parabéns a
vocês. Vocês quem merecem minhas felicitações e eu sou eternamente agradecido
pela amizade retribuída.