Quem disse que religião, política e fubebol não se discutem?

No popular, houve-se muito que "religião, política e futebol" não se discute (sic). Na verdade, o dizer não incluía o termo "política", ele só foi incorporado mais tarde, pela elite e pelos próprios políticos, a fim de evitar o debate e os questionamentos político entre as pessoas. Dessa forma, sem o debate, como poderia eu estabelecer meu posicionamento e também aprender com o próximo? Debates ajudam a esclarecer, ajudam no ceticismo, no questionamento. Além do mais, não só a política, mas também a religião e o futebol são passíveis de debates, desde que ambas as pessoas estejam dispostas a não somente falar, mas, antes de mais nada, escutar e aprender. Debatamos, então, sim.







19 de nov. de 2012

Sempre fica um pouco!



Uma amiga me ligou hoje pela manhã para falar do seu caso mal resolvido com o seu ex-namorado. Escutei-a, tentei dar-lhe a maior atenção possível e também dispensei a ela algumas palavras com intuito de animá-la um pouco. Acredito que nada é de graça, as circunstâncias não acontecem por um simples acaso da vida. MAKTUB, está escrito, tem de acontecer. O espiritismo e o Budismo são duas matrizes religiosas que abordam muito essa questão.

 De um relacionamento sempre fica um pouco, seja bom, seja ruim. O que é necessário é sempre aprendemos com as alegrias e com as dores que advém dele. Creio ser preferível aprender com a dor, porque é dela que levaremos para o resto da vida um aprendizado mais aguçado e é dela que saberemos nos sair melhor das adversidades futuras. Mas é da alegria e dos momentos bons que devemos recordar. É a alegria que devemos levar no coração. Só assim não guardaremos mágoas e rancores: a alegria deve estar no coração e as dores na mente - a fim de que sejam racionalizadas.

Contudo o caminho mais fácil, a porta mais larga parece ser justamente a da amargura, do desgosto, do pesar, da tristeza. Eles se amplificam no momento da desilusão e os momentos bons passam a ser ínfimos. É como se algo martelasse nossas cabeças e, a partir desse momento, passamos a não enxergar o que realmente importa. E o que importa é - sem dúvida - o que foi bom.

A vida segue assim como a água passa por baixo da ponte: o rio, num piscar de olhos, não é o mesmo de um segundo atrás. A vida – a cada passo, a todo momento – também se transforma . Sempre levamos um pouco do outro num relacionamento. Sempre fica um pouco de alguém na gente, mesmo que só o cheiro, mesmo que só um gesto, mesmo que só a alegria, mesmo que só a tristeza. Aprendamos com os percalços, então. Não guardemos mágoas, “leve com você só o que foi bom”, porque o ódio e rancor não dão em nada, conforme disse o poeta.

Flávio Rossi

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Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las - Voltaire