Quem disse que religião, política e fubebol não se discutem?

No popular, houve-se muito que "religião, política e futebol" não se discute (sic). Na verdade, o dizer não incluía o termo "política", ele só foi incorporado mais tarde, pela elite e pelos próprios políticos, a fim de evitar o debate e os questionamentos político entre as pessoas. Dessa forma, sem o debate, como poderia eu estabelecer meu posicionamento e também aprender com o próximo? Debates ajudam a esclarecer, ajudam no ceticismo, no questionamento. Além do mais, não só a política, mas também a religião e o futebol são passíveis de debates, desde que ambas as pessoas estejam dispostas a não somente falar, mas, antes de mais nada, escutar e aprender. Debatamos, então, sim.







6 de ago. de 2012

Quadro de Medalhas

Para quem não consegue enxergar o que representa a força da desigualdade social no Brasil, basta olhar o quadro de medalhas nas olimpíadas de Londres para compreender um pouco. A desigualdade social, o foço que separa os mais rico dos mais pobre, e a corrupção que assola nossa Nação devem ser os cânceres mais benigno que devemos enfrentar, "tete a tete", com coragem e vigor.

Ao que tudo indica, somos a quinta potência mundial - levando em consideração a grandeza do PIB que temos. Porém, o fato de sermos uma nação rica (sim, hoje somos uma nação rica), isso não se reflete na prática. Ainda temos sérios problemas quando o assunto é saúde, segurança e educação: os altos impostos pagos por todos os cidadãos não se transformam em melhorias em saneamento básico e infraestrutura. 

Quando se fala em esportes, que é parte da educação, fica configurada a falta de investimentos numa área de tamanha importância. Ao olhar o quadro geral de medalhas dos jogos, percebemos que todos os países desenvolvidos, incluindo os quatros primeiros em relação ao PIB, estão numa boa colocação. Posso afirmar que as dez maiores potências mundiais estão na nossa frente. Sabem por quê isso acontece? Acontece porque a lógica tamanho do PIB é acompanhada também pelo tanto que se é investido em educação e no esporte. Mas não é isso que envergonha, o quê envergonha é estarmos atrás de países com o Produto Interno Bruto bem menor que o do Brasil, como é o caso Cazaquistão, Coreia do Norte, Ucrânia, Cuba. Não que esses países sejam piores que o nosso, mas é que além de sermos mais rico, somos um país mais "democrático", se é que somos mesmo. 

O fato de termos países mais pobres e com a democracia menos fortalecida que a nossa numa colocação melhor no quadro de medalhas olímpica se explica porque, apesar de esses fatores negativos, eles têm menos desigualdade social e, sobretudo, mais investimento em nível educacional e esportivo. Nesses países o nível de corrupção também é baixo: o que será que aconteceria com um político acusado de corrupção na Coreia do Norte, por exemplo?  

Tivemos uma chance de dividir melhor o bolo no governo Fernando Henrique Cardoso, temos outra chance agora. Além do mais, teremos uma olimpíada aqui no Brasil. Se não houver investimento nos esportes neste ciclo, não haverá nunca mais. Isso é fato. A chance é única. Temos tudo para fazer um ciclo olímpico bom, sério e condizente com a força e tamanho desta nação. Para isso, basta seguir a lógica que os países sérios seguem: quanto maior o  PIB, maior investimento em educação. 



Flávio Rossi

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Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las - Voltaire