Que empresário algum injeta gratuitamente a cifra de R$ 120.000.000,00 (leia-se cento e vinte milhões de reais) em uma campanha Presidencial só para ver o seu candidato preferido ali, no posto mais alto do país, ganhando R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por mês, todo mundo sabe no mundo, no planeta e nas galáxias que não é só por isso. Há interesses. E eles são a certeza de que os R$ 120 (e vários zeros) gerarão o triplo, o quádruplo dos preciosos dividendos aplicados nas eleições. E isso num curto espaço temporal.
É pensando dessa forma e analisando os noticiários que cheguei à conclusão de que a Sra. Dilma Roussef, Presidenta desta Nação, começou a pagar o que ela deve. O retorno do investimento “doados” por todo o tipo de consórcio, sobretudo os empreiteiros, faz-se urgente. A Copa está aí e ninguém fez nada ainda.
Falar em Copa, o risco de fiasco é iminente. E foi pensando no possível fiasco que a administração da atual presidente resolveu declarar emergenciais as obras em três aeroportos, inclusive o de Brasília.
Recordar é viver. A FIFA anunciou o Brasil como sede da Copa de 2014 em outubro de 2007, tempo suficiente para que todas as providências, ainda mais no que tange as burocracias da administração pública, fossem tomadas. Se houvesse aqui gestores competentes, todos os procedimentos licitatórios teriam sido executados, tudo isso de acordo com a lei que rege a licitação – Lei 8.666. A pergunta que não quer calar: Por que houve aí um atraso de quase 7 anos para se começar as obras nos aeroportos? A pergunta eu não posso respondê-la com exatidão, mas sendo um pouco conhecedor da ética da malandragem dos políticos daqui, posso até presumir. O faço então. A jogada que vou explicar aqui tem como pai, criador, fundador, inaugurador o ex-governador do DF, Joaquim Roriz.
Roriz, o pai dos pobres assim intitulado, se utilizava do mesmo tipo de artimanha, porém em uma área diferente, mais sensível: a saúde. O que se fazia: a compra de bens para administração pública tem de ser feita por licitação, contudo há casos em que ela pode ser dispensada. O caso aqui era deixar faltar remédios na rede pública, ainda mais os remédios de alto custo, para ser declarada uma compra emergencial e, assim, adquirir os produtos sem procedimento licitatório. Dessa forma, obtinham-se os remédios no valor absurdamente acima do que eles valiam. A sobra era embolsada para comprar, entre outras coisas, bezerras de ouro. Paizão!
No governo da Dilma, está acontecendo a mesma história, só que as cifras são maiores, bem maiores. Declara-se emergencial a situação dos aeroportos, dispensam-se as formalidades. Além do mais, nesta semana a Presidenta anunciou algo que eu não se imaginava do governo petista, pelo menos uns 10 anos atrás: não bastasse já declarar emergenciais as obras em três aeroportos, será realizada – depois da reforma dos estabelecimentos aeroviários – a concessão deles a empresas privadas interessadas. A tal concessão nada mais é que a famosa privatização do bem público. Gasta-se recursos públicos para depois entregar de “mão beijada” o bem a particulares. É chegada a hora de pagar a dívida.
A continuar assim, será melhor a Presidente trocar o nome dela para Dilma Henrique Cardoso.