Quem disse que religião, política e fubebol não se discutem?

No popular, houve-se muito que "religião, política e futebol" não se discute (sic). Na verdade, o dizer não incluía o termo "política", ele só foi incorporado mais tarde, pela elite e pelos próprios políticos, a fim de evitar o debate e os questionamentos político entre as pessoas. Dessa forma, sem o debate, como poderia eu estabelecer meu posicionamento e também aprender com o próximo? Debates ajudam a esclarecer, ajudam no ceticismo, no questionamento. Além do mais, não só a política, mas também a religião e o futebol são passíveis de debates, desde que ambas as pessoas estejam dispostas a não somente falar, mas, antes de mais nada, escutar e aprender. Debatamos, então, sim.







22 de jul. de 2010

As Mortas não traem, amore...

Tenho assistido e lido, ultimamente, muito Nelson Rodrigues. Esse escritor, que trata como ninguém da natureza, da alma, do interior do ser humano, tem-me incutido algumas coisas na cabeça. Não que eu esteja alienado, não é isso: é que o requinte da leitura deixa-me com a percepção das coisas mais aguçada. Aquilo que gira em torno da traição e da cumplicidade separada por uma linha tênue inconsútil.


Falando em traição, creio que nos tempos contemporâneos o exímio escritor teria muitas, mais muitas crônicas a escrever. É que, com advento do celular (os torpedos), o percentual de infidelidade - por parte das mulheres - aumentou drasticamente, segundo reportagem da “Super-Interessante”. E - para amplificar a perfídia - inauguraram-se vários outros canais de comunicação, a citar: e-mail, icq, msn, orkut, facebook. Seria isso um deleite para o já falecido escritor.


Isso não quer dizer que todas as mulheres traem, nem todas, realmente. Para o autor de várias obras, há um rol das que não cometem tal pecado. Dessa forma não adianta hipocrisia.



Diante de tudo isso, pergunto-me: até onde vai o respeito entre o homem e a mulher, de forma que tudo que se escreva a ela, mesmo com toda consideração que se tem, não possa parecer uma cantada barata, ainda mais pela internet, por exemplo? Creio que as palavras para respostas estão na própria pergunta: na consideração e no respeito.



A internet deixa a gente mais solto, menos tímido, mais à vontade, por assim dizer. Foi nesse ímpeto que cometi o erro de chamar uma colega de “amore”. Reprimido de imediato e assustado com o posicionamente dela, logo fiquei sabendo que o namorado (que por sinal é muito amigo meu) não iria gostar de tal comportamento de minha parte. Mas...só um pouco: não existe mais consideração e respeito? Bagunçou geral?


Pois bem! Sempre tratei as amigas (dizem que os homens não as têm) de forma carinhosa e com certas palavras que, até então, não via problema algum em desferi-lhes: amore, gatona, gatinha, paixão...todas palavras que geralmente uso no lugar do nome delas, mas sem nenhuma malícia, puro carinho, consideração, respeito e etc. Do mesmo jeito que trato os meus amigos de “brother”, “camarada”, “irmão”.


Teimoso que sou, pura característica do signo que me ostenta, continuo achando não ser malicioso chamar as amigas, só elas, pelos substantivos citados. Fui reprimido. Aprendi, mas lembrei na hora das palavras de meu câmara da Nelson Rodrigues: "as mortas não traem". Que Deus o tenha! (risos)

Um comentário:

Lívia disse...

Excesso de fidelidade é foda...rsrs
Excelente texto, prof. Flavio.

Flávio Rossi

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Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las - Voltaire