A cada dia que passa, a responsabilidade social da educação superior se deterioriza. O negócio mesmo é consumir, vender, exportar, ganhar dinheiro mesmo que para isso a qualidade de vida do cidadão desça esgoto abaixo. Conscientizar jovens formandos e formados não tem sido mais o papel das muitas faculdades e universidades espalhadas Brasil a fora.
Outro dia, li um artigo do Professor-Senador Cristovam Buarque em que ele falava justamente do que uma amiga minha, recém-formada em nutrição, numa boa conversa em que tive com ela, dizia: “quero ganhar é dinheiro!” Não que eu seja contra o “ganhar dinheiro”, todos têm de encontrar um jeito de se manter financeiramente, ainda mais em um pais totalmente consumista. Entretanto, creio que o fito de uma educação superior não seja apenas angariar dividendos para si, os cursos superiores também têm de estar voltados para o bem comum, para o social. Cristovam, naquela oportunidade, levantou uma questão intrigante sobre o assunto, dizia ele: “Nutricionistas estão preocupados em emagrecer ricos, em vez de engordar os pobres!”.
O pior que é verdade. São raros os profissionais que voltam uma parcela do seu tempo para se dedicar a uma atividade com o fim de tentar diminuir a desigualdade social e todas as chagas que advém dela. Aqui, não se fala só de nutricionistas, os problemas brasileiros são muitos. A falta de moradia é outro exemplo. Mas, mesmo assim, formam-se arquitetos para que eles projetem mansões para poucos, no lugar de elaborar projetos para se construir casas populares para muitos. Apesar de a Constituição garantir um julgamento justo e uma ampla defesa, há Estados no Brasil que ainda não oferecem o serviço de Advocacia Pública. Enquanto isso, as cadeias superlotadas estão repletas de presos que se quer tiveram direito ao um devido processo legal. E cadê a responsabilidade social do curso de direito? Não há. O que se quer mesmo é formar belos advogados, voltados para causa dos abastardos, ou se formar para conseguir ser um juiz de direito, promotor, analista de algum órgão. A culpa é do caminho em que a educação está seguindo.
Ao que parece, o Estado, ajoelhado ao capitalismo e ao consumismo exarcebado e gratuito, esquece de vez aquela história do estado bem-estar-social: questões voltadas para o bem de todos – educação, saúde, segurança, lazer, aposentadoria – parecem não ser mais prioridades dos governos. E junto com o esquecimento do Estado, que deve se voltar aos seus cidadãos, está também o esquecimento de um dos trunfos da educação: conscientização.
Fora todos os esforços que estão sendo feito a fim de que haja um ensino universal, abrangente e de qualidade, faz-se necessário também uma reformulação nos princípios pedagógicos que regem a formação do profissional com curso superior. Assim, quem sabe no futuro, tenhamos mais pessoas preocupadas também com a sociedade num todo. Como conseqüência de pessoas mais conscientizadas, haverá também uma redução na desigualdade social, o que significa – sem sombra de dúvidas - mais inclusão e mais acesso aos bens básicos. Deixemos, então, mais a teoria e partamos para prática.
Outro dia, li um artigo do Professor-Senador Cristovam Buarque em que ele falava justamente do que uma amiga minha, recém-formada em nutrição, numa boa conversa em que tive com ela, dizia: “quero ganhar é dinheiro!” Não que eu seja contra o “ganhar dinheiro”, todos têm de encontrar um jeito de se manter financeiramente, ainda mais em um pais totalmente consumista. Entretanto, creio que o fito de uma educação superior não seja apenas angariar dividendos para si, os cursos superiores também têm de estar voltados para o bem comum, para o social. Cristovam, naquela oportunidade, levantou uma questão intrigante sobre o assunto, dizia ele: “Nutricionistas estão preocupados em emagrecer ricos, em vez de engordar os pobres!”.
O pior que é verdade. São raros os profissionais que voltam uma parcela do seu tempo para se dedicar a uma atividade com o fim de tentar diminuir a desigualdade social e todas as chagas que advém dela. Aqui, não se fala só de nutricionistas, os problemas brasileiros são muitos. A falta de moradia é outro exemplo. Mas, mesmo assim, formam-se arquitetos para que eles projetem mansões para poucos, no lugar de elaborar projetos para se construir casas populares para muitos. Apesar de a Constituição garantir um julgamento justo e uma ampla defesa, há Estados no Brasil que ainda não oferecem o serviço de Advocacia Pública. Enquanto isso, as cadeias superlotadas estão repletas de presos que se quer tiveram direito ao um devido processo legal. E cadê a responsabilidade social do curso de direito? Não há. O que se quer mesmo é formar belos advogados, voltados para causa dos abastardos, ou se formar para conseguir ser um juiz de direito, promotor, analista de algum órgão. A culpa é do caminho em que a educação está seguindo.
Ao que parece, o Estado, ajoelhado ao capitalismo e ao consumismo exarcebado e gratuito, esquece de vez aquela história do estado bem-estar-social: questões voltadas para o bem de todos – educação, saúde, segurança, lazer, aposentadoria – parecem não ser mais prioridades dos governos. E junto com o esquecimento do Estado, que deve se voltar aos seus cidadãos, está também o esquecimento de um dos trunfos da educação: conscientização.
Fora todos os esforços que estão sendo feito a fim de que haja um ensino universal, abrangente e de qualidade, faz-se necessário também uma reformulação nos princípios pedagógicos que regem a formação do profissional com curso superior. Assim, quem sabe no futuro, tenhamos mais pessoas preocupadas também com a sociedade num todo. Como conseqüência de pessoas mais conscientizadas, haverá também uma redução na desigualdade social, o que significa – sem sombra de dúvidas - mais inclusão e mais acesso aos bens básicos. Deixemos, então, mais a teoria e partamos para prática.
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