Quem disse que religião, política e fubebol não se discutem?

No popular, houve-se muito que "religião, política e futebol" não se discute (sic). Na verdade, o dizer não incluía o termo "política", ele só foi incorporado mais tarde, pela elite e pelos próprios políticos, a fim de evitar o debate e os questionamentos político entre as pessoas. Dessa forma, sem o debate, como poderia eu estabelecer meu posicionamento e também aprender com o próximo? Debates ajudam a esclarecer, ajudam no ceticismo, no questionamento. Além do mais, não só a política, mas também a religião e o futebol são passíveis de debates, desde que ambas as pessoas estejam dispostas a não somente falar, mas, antes de mais nada, escutar e aprender. Debatamos, então, sim.







8 de set. de 2009

Vanusa - a minha musa.

Gosto de política, de estudá-la, de tentar entender as maracutaias, as jogatinas, os conluios. Já falei isso em outras oportunidades e repito. Mas sei que, se continuar batendo nesta tecla, corro o risco de deixar o meu espaço democrático meio que “batido” demais, sempre com as mesmas opiniões. Isso irrita, de certa forma. O problema é que a política (os políticos, aliás) são sempre fontes inesgotáveis para minhas inspirações, para minhas reverberações, e já faz algum tempo que, por meio das palavras, tento – de certa forma – constrangê-los. Constranger no melhor sentido da palavra, “tolher”, “obrigar pela força” a terem o mínimo de moral e de ética. Até hoje não consegui, nem eu e nem ninguém. Ninguém vírgula! A Cantora Vanusa, que rima até com musa, conseguiu.

Vanusa, assim como Roberto Carlos, Erasmos Carlos e Wanderléia, foi uma expoente da jovem guarda, aquela rapaziada que cantava “ era um biquíni de bolinha amarelinha”, meu calhambeque, bi bi!”, “tomo um banho de lua”, enquanto o cacetete da ditadura massacrava o povo brasileiro. Creio que eles não moravam no Brasil na época, pareciam que estavam em outro mundo ou a ditadura militar não os atingiu, por algum motivo. Fico com este último. Mas tudo bem! Nunca os tinha tido como ídolos, nem heróis, até porquê a época era outra, mas – mesmo assim – faço questão de escrever sobre os fatos só a título de informação.

Até então, Vanusa não fazia parte da minha galeria de ídolos...até então! Pois não foi que ela entrou? Está ao lado do Ernesto Guevara, de Marighela, de Lamarca, Rosseau, Sérgio Buarque, de Chico Buarque, de Gilberto Gil, de Elis Regina e de tantos outros. Ela agora faz parte deste rol. E faz bem!

É que outro dia ela conseguiu aquilo que eu mais sonhara: tentar deixar com vergonha os políticos. E ela conseguiu com algo que eu nunca imaginara usar: o hino nacional. Com uma interpretação impecável, que muito me lembra um programa de calouros chamado “ídolos”, antigamente apresentado no SBT, ela deixou de bochechas rosadas e cabisbaixo políticos do Estado de São Paulo. Não que eu não ache que deveria haver um outro hino nacional, mais fácil de ser cantado, decorado e estudado sintaticamente. Mas é que a hora de reinventá-lo não era aquela. Aquela hora, creio, era a de cantar o hino do jeito que Joaquim Osório Duque Estrada o escreveu:“deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo”. Com aquela melodia que soa bem aos ouvidos e nos faz chorar de emoção. Não era, mas foi.

Pois bem, devido à destreza de Vanusa, esta intérprete maravilhosa que és, elejo-a minha musa, minha mais nova ídola. Venere-la-ei por toda minha vida. E farei mais: entrarei em contato com o Senador em que votei na eleição passada e exigirei dele que a convoque para ir àquela Casa, o Senado Federal, cantar o mais novo Hino Nacional. Mas antes, vou pedir ao Senador para que a leve à casa do nosso Presidente da República, para tomar só mais uma dose. Assim, quem sabe, consigamos fazer alguns senadores se sentirem envergonhados por algum tempo e daí, resurja a moral e a ética tão sonhadas.

Para quem não viu o vídeo, copie o link abaixo e cole na barra de endereços. Não vale tampar os ouvidos.

http://www.youtube.com/watch?v=6w9MpztV4gk

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Flávio Rossi

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