Esta semana assistir a um filme chamado “O Reino Proibido”. Tinha curiosidade em vê-lo desde que estava em cartaz, nos cinemas, devido a um certo fascínio que tenho por filmes lendários, mas também por filmes de artes marciais. Lembro-me dos filmes do Shaolin que assisti quando criança: vôos sobre árvores e águas, equilíbrio sobre bambus, lutas no ar e todas aquelas batalhas alegórias que permeiam os filmes chineses. Lembro-me do filme do Bruce Lee que só mudava o título, mas o filme era o mesmo: mãos de tigre, garras de aço, punhos de ferro...o filme era o mesmo. Creio que o nome certo era mesmo “garras de aço”, pois o inimigo do Bruce Lee não tinha uma das mãos, ao passo que ele adaptava uma garra para lutar. Ele até deixou uma marca nos peitos do herói.
Voltando ao “Reino Proibido”, devo informar que o filme é um mistura de kung fu com karatê kid, adicionado a outro filme dos anos 80: “O último Dragão”, que tinha como personagem principal Leroy. Essa mistura de filmes, deixou o “Reino” um tanto sem graça, não fosse a mensagem política e a apoderação de cultura que ele traz em seu bojo. Mais uma vez, a humanidade fica dependente de um estadudinense. Em outra oportunidade, assisti a um filme em que um Presidente norte-americano salvou-nos a todos e o planeta de ataques de Et’s, no dia da independência norte-americana: às vezes, pego-me imaginando o ex-presidente Jorge W. Bush subindo numa nave de combate, um F-19, por exemplo, e salvando a humanidade. Creio que ninguém mais o agüentaria.
Fora isso, fico impressionado com a capacidade de os norte-americanos aprenderem, assimilarem e, sobretudo, apoderarem-se da cultura alheia em um curto espaço de tempo. Foi assim no filme “O Último Samurai”. Apesar de os samurais treinarem desde criança para aprender a esgrima, o capitão Nathan Algren (Tom Cruise), logo que foi aprisionado pelos próprios samurais, adquiriu conhecimento para manejar a katana (espada), e para isso levou só alguns meses para aprender o que os nativos daquela terra levam a vida toda. Mais que isso, no final do filme, fiquei surpreso ao saber que o último samurai não era um japonês, mas um americano.
A linha de pensamento de o “Reino Proibido” é quase a mesma: o rapaz, com cara de menino, protagonista, americano, do nada começa a lutar com vários inimigos. E apesar de não saber nada de artes marciais, sai dando chutes e pontapés em todo mundo que passa pela frente. No final, quem mata o antagonista é justamente ele, embora um lutador lendário (oriental) tenha tido um combate feroz com o inimigo. Daí, pergunto: por que o lendário lutador não matou o antagonista? Deixa que eu mesmo respondo. Pode ser porque o lendário lutador era uma asiático; mais precisamente, um chinês. a China é hoje a maior ameaça ao poderio americano, ao passo que não pegaria bem um chinês ser o salvador do mundo. Melhor que seja mesmo um estadudinense.
A cultura, dessa forma, é que deveria ser o “reino proibido”, ela deveria ser instransponível. O respeito a ela e às pessoas deveria estar acima de qualquer coisa, ainda mais da forma como são tratadas nos filmes Hollywoodianos, de forma leviana. Vale lembrar que latino-americanos, asiáticos, africanos, cubanos aparecem, em filmes americanos, como marginais. Eles são, geralmente, os traficantes, bandidos, assassinos. E isso é tão comum nesses filmes que nos passa despercebido. O filme Bad boys 2 é só mais um exemplo do que os americanos pensam de quase todo o resto do mundo e também de objetivos a ser conquistado: no final do filme, os agentes americanos entram na Ilha de Cuba, sem permissão do Governo Cubano, para pegar os marginais, que são latino-americanos: uma forma velada de flagrante invasão, um sonho ainda não realizado por eles.
E mesmo que um americano seja um ladrão, mesmo assim ele se transforma em herói: Indiana Jones não passa de um saqueador de tesouros dos outros povos, o que, implicitamente, mostra a visão dos americanos em relação aos outros Estados Soberanos: se não for por bem, vai por mal. O filme mostra qual a política adotada pelo governo norte-americano quando o assunto é, por exemplo, o petróleo. Forjam-se provas, justifica-se uma guerra, com intuito de estabelecer a “democracia” no país alheio, mas no fim o que se quer é a riqueza do vizinho. Tudo em nome da salvação do planeta.
Diante de todos os casos citados acima, acredito que tudo não passa de questões políticas e apoderamento dos costumes alheios. Defensor ferrenho das culturas, acredito que elas são intangíveis, "imexíveis" (numa expressão mais chula). E, mesmo que as barreiras culturais estejam sendo dissolvidas pela globalização e as distâncias estejam sendo encurtadas, os traços, as características e a história de um povo não são dados a conquistas por outra cultura. É possível sim aprendermos com o outro , mas nunca ocupar o lugar dele em suas raízes. Só nos filmes mesmo.
Voltando ao “Reino Proibido”, devo informar que o filme é um mistura de kung fu com karatê kid, adicionado a outro filme dos anos 80: “O último Dragão”, que tinha como personagem principal Leroy. Essa mistura de filmes, deixou o “Reino” um tanto sem graça, não fosse a mensagem política e a apoderação de cultura que ele traz em seu bojo. Mais uma vez, a humanidade fica dependente de um estadudinense. Em outra oportunidade, assisti a um filme em que um Presidente norte-americano salvou-nos a todos e o planeta de ataques de Et’s, no dia da independência norte-americana: às vezes, pego-me imaginando o ex-presidente Jorge W. Bush subindo numa nave de combate, um F-19, por exemplo, e salvando a humanidade. Creio que ninguém mais o agüentaria.
Fora isso, fico impressionado com a capacidade de os norte-americanos aprenderem, assimilarem e, sobretudo, apoderarem-se da cultura alheia em um curto espaço de tempo. Foi assim no filme “O Último Samurai”. Apesar de os samurais treinarem desde criança para aprender a esgrima, o capitão Nathan Algren (Tom Cruise), logo que foi aprisionado pelos próprios samurais, adquiriu conhecimento para manejar a katana (espada), e para isso levou só alguns meses para aprender o que os nativos daquela terra levam a vida toda. Mais que isso, no final do filme, fiquei surpreso ao saber que o último samurai não era um japonês, mas um americano.
A linha de pensamento de o “Reino Proibido” é quase a mesma: o rapaz, com cara de menino, protagonista, americano, do nada começa a lutar com vários inimigos. E apesar de não saber nada de artes marciais, sai dando chutes e pontapés em todo mundo que passa pela frente. No final, quem mata o antagonista é justamente ele, embora um lutador lendário (oriental) tenha tido um combate feroz com o inimigo. Daí, pergunto: por que o lendário lutador não matou o antagonista? Deixa que eu mesmo respondo. Pode ser porque o lendário lutador era uma asiático; mais precisamente, um chinês. a China é hoje a maior ameaça ao poderio americano, ao passo que não pegaria bem um chinês ser o salvador do mundo. Melhor que seja mesmo um estadudinense.
A cultura, dessa forma, é que deveria ser o “reino proibido”, ela deveria ser instransponível. O respeito a ela e às pessoas deveria estar acima de qualquer coisa, ainda mais da forma como são tratadas nos filmes Hollywoodianos, de forma leviana. Vale lembrar que latino-americanos, asiáticos, africanos, cubanos aparecem, em filmes americanos, como marginais. Eles são, geralmente, os traficantes, bandidos, assassinos. E isso é tão comum nesses filmes que nos passa despercebido. O filme Bad boys 2 é só mais um exemplo do que os americanos pensam de quase todo o resto do mundo e também de objetivos a ser conquistado: no final do filme, os agentes americanos entram na Ilha de Cuba, sem permissão do Governo Cubano, para pegar os marginais, que são latino-americanos: uma forma velada de flagrante invasão, um sonho ainda não realizado por eles.
E mesmo que um americano seja um ladrão, mesmo assim ele se transforma em herói: Indiana Jones não passa de um saqueador de tesouros dos outros povos, o que, implicitamente, mostra a visão dos americanos em relação aos outros Estados Soberanos: se não for por bem, vai por mal. O filme mostra qual a política adotada pelo governo norte-americano quando o assunto é, por exemplo, o petróleo. Forjam-se provas, justifica-se uma guerra, com intuito de estabelecer a “democracia” no país alheio, mas no fim o que se quer é a riqueza do vizinho. Tudo em nome da salvação do planeta.
Diante de todos os casos citados acima, acredito que tudo não passa de questões políticas e apoderamento dos costumes alheios. Defensor ferrenho das culturas, acredito que elas são intangíveis, "imexíveis" (numa expressão mais chula). E, mesmo que as barreiras culturais estejam sendo dissolvidas pela globalização e as distâncias estejam sendo encurtadas, os traços, as características e a história de um povo não são dados a conquistas por outra cultura. É possível sim aprendermos com o outro , mas nunca ocupar o lugar dele em suas raízes. Só nos filmes mesmo.
Um comentário:
Interessante o seu texto, professor. Nunca tinha olhado por esse lado. A partir de agora, prestarei mais atenção nas mensagens subliminares dos filmes americanos.
Parabéns.
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