Quem disse que religião, política e fubebol não se discutem?

No popular, houve-se muito que "religião, política e futebol" não se discute (sic). Na verdade, o dizer não incluía o termo "política", ele só foi incorporado mais tarde, pela elite e pelos próprios políticos, a fim de evitar o debate e os questionamentos político entre as pessoas. Dessa forma, sem o debate, como poderia eu estabelecer meu posicionamento e também aprender com o próximo? Debates ajudam a esclarecer, ajudam no ceticismo, no questionamento. Além do mais, não só a política, mas também a religião e o futebol são passíveis de debates, desde que ambas as pessoas estejam dispostas a não somente falar, mas, antes de mais nada, escutar e aprender. Debatamos, então, sim.







4 de abr. de 2011

Um país do futuro

Que tipo de país você gostaria de deixar como legado para os seus filhos, para os seus netos? Um país civilizado? Um país com preceitos democráticos bem arraigados? Um país com níveis educacionais e tecnológicos avançados ou um país em que as regras do jogo não são respeitadas? .


Infelizmente, o que sobra para os nossos descendentes é um país em que as regras do jogo não são respeitadas. Nem mesmo por aqueles que, por obrigação própria da função, deveriam respeitá-las, sobretudo porque se acredita que eles as conheçam.




Eu posso ter muito bem meus preconceitos, o que não posso é pensar que não serei punido pelo crime caso os externe: a regra do jogo diz que “devemos promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Quem dita a regra por aqui, no Brasil, é a Constituição Federal de 1988, nossa carta magna e lei maior.


Pelo visto o futuro ainda não chegou por aqui, como havia dito o Sr. Obama, ao visitar este país. O futuro ainda não chegou porque ainda vemos e ouvimos opiniões retrógradas, infundadas, lesivas, ultrapassadas por aqueles que deveriam prezar por elas: como construir um futuro digno, com direitos iguais a todos, se votamos em pessoas com os ideais de um líder nazista? Como construir essa sociedade que queremos se não punimos, na forma da lei, quem vai à televisão e proclama ofensas contra negros e gays? O que pensar de um Deputado, eleito por uma parcela da sociedade, que não teve um projeto aprovado na Câmara e que só tem destaque na mídia por conta dos crimes praticados por ele? Brasil, qual é a sua cara? A cara ainda é a da falta de uma identidade cristalizada.



O meu país é o país do momento. É o país que dá possibilidades iguais a todos, é o país que olha para si e tem vergonha de ser o último a abolir a escravidão e que labuta para ampliar os horizontes a todos, independente de raça, cor, credo, religião, opinião sexual. O meu país é heterogêneo de formação, é um país de quem trabalha e que respeita a todos. É um pais de pessoas sérias, como José Alencar, um posso de cultura, inteligência e informação. (Dizem que quando um velho morre, queima-se uma biblioteca). O meu país não é o mesmo do Deputado Bolsonaro. Vivemos em lados antagônicos e em momentos diferentes.



Uma pergunta ao Ilustríssimo deputado: caso uma filha do Presidente Norte-Americano, negra, quisesse namorar um dos filhos dele; se isso acontecesse, ele deixaria?

2 comentários:

Isabel disse...

Grande Flávio!!! Nosso país tá causando hein...Sei não. Acho bacana a forma como colocas essa temática, tem uma galera que se diz séria, instruida e livre de qq tipo de preconceito, mas no entanto defende q as cotas nas universidades faz a qualidade de certos cursos cair... Essa turma é que dita o futuro?

Carol Moniz disse...

o que impera neste PAIS com S não com Z é a hipocrisia...a continuamos na política do "Pão 7 Circo" e nem é mais disfarçada...é jogada na cara doa a quem doer...

Flávio Rossi

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Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las - Voltaire