Tenho pensado muito no carnaval.
Aliás, tenho pensado na tentativa banal de um comediante desses novos da TV de
bani-lo. Foi uma campanha mal sucedida, compartilhada por muito poucos, quase
ninguém na verdade, projetada pelo
Facebook. Segundo a proposta insana, isso
ajudaria na melhoria da imagem do brasileiro no exterior, na diminuição do HIV;
na melhoria das nossas rendas, pois o país não ficaria tanto tempo parado em
comemoração, e o dinheiro aplicado nele iria para educação. Ou seja, os
problemas sofridos pelo país o ano inteiro, desde a sua fundação, se devem à festa, a apenas cinco dias.
Chato mesmo são os poucos que são
a favor da campanha do piadista. Geralmente, falam demais, escrevem demais e,
na prática, fazem de menos.
Pouco sei da história de Jesus,
não ousaria aqui falá-la, contudo é sabido que Ele mais fez do que falou. Sabem
porquê? Porque o que vale é a prática, é a mão na massa. Foi assim não somente
com Ele, mas com quase todos líderes religiosos já conhecidos. Aliás, um dos
maiores, que já passou por aqui, mostrou-nos como se faz direitinho. Chamava-se
Mahatma Gandhi: caminhou quase 400 quilômetros, de forma pacifista, durante 25
dias, só para pegar um pouco de sal no mar de sua terra, a fim de livrar o seu
povo da opressão dos ingleses, que nada puderam fazer contra o ato. A Marcha do
Sal.
Os poucos que aderiram à malfadada campanha, são os poucos que todos os dias colocam no Facebook palavras de ordem
de cunho religioso. Contraditório é saber que eles gozaram, e muito bem, o
carnaval e agora querem bani-lo. Claro! Até chegar os outros carnavais: Caldas
Country, Carnagoiania, Festa Trio e tantas outros. São os mesmos que tiram foto
de sunga e biquíni, copo de cerveja, whisky e red Bull na mão, ao mesmo tempo
em que escrevem contra a festa “pagã”. Falam demais, fazem de menos. Paradoxal.
Aqui não, Jacaré! Se você é
contra, tente ao menos caminhar em linha reta, de forma menos contraditória possível. Não
me venha com estratagemas simples, rasos e, sobretudo, contrários à sua própria
conduta. Não bastam as palavras, mais vale a ação.
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