Tenho aversão a políticos, alguns deles me dão náuseas. Por certo tempo – mesmo que pouco – eles me fazem a desacreditar que exista a probidade, moralidade, ética no que tange o jogo político, no que se refere aos conchavos. Esses alguns, posso até citar nomes, faz-me sentir burro, imbecil, estúpido, ignorante. Faz-me sentir vergonha de vê-los sentado – por meio legal, por meio do voto – em um assento parlamentar. E enquanto eu escrevo esse texto, eles me vêm à cabeça, todos eles, e a vontade jogar o computador no chão me consome. Não o faço por saber que meu computador vale mais que a vida de todos eles: os Fernandos, os Roriz, os Arrudas, os Prudentes, os Benícios, os Sarneys, os Magalhães, os Barbalhos, os Malufs, os Brunelli, os Gilmar Mendes, As Eurides de Brito da vida. “A política tem sua ética e moral próprias”, dizia Maquiavel.
Por outro lado, há ainda (mesmo que poucos, mesmo que raro, mesmo em estado de extinção) políticos sérios. E do mesmo jeito, posso citar nomes aqui: Cristovão Buarque, Paulo Tadeu, Regufe, Pedro Simon, Paulo Paim, Marina Silva, Luis Inácio LULA da Silva, José Alencar, só para citar alguns.
É de Alencar que vou tratar. Vê-lo responder a perguntas numa entrevista era certeza de que algum conhecimento iria se adquirir, principalmente no campo lexical. A eloqüência nas palavras, a educação, a gentilelza e, sobretudo, a simplicidade de um homem guerreiro e incansável cativava. E mesmo um homem assim tenha seus defeitos – como o de apoiar a ditadura militar -, suas virtudes, suas batalhas, sua conduta frente à administração pública superaram a malfadada besteira pretérita.
Oito anos passados como vice-presidente despercebidos, que pela sua humildade não queria tirar a estrela de quem ela era por direito, mas que se fez o maior vice-presidente desta nação, à sombra, é claro, do seu presidente e ESTADISTA, Luis Inácio.
Vou mais além: Um vice-presidente que mais fez do que, por exemplo, Fernando Henrique Cardozo. Um vice-presidente que mais fez do que José Sarney, Itamar Franco e Collor. Vejam só, um vice-presidente mais significativo do que vários presidentes.
Empresário, autodidata, político, Alencar merece todas honrarias da nação a qual ele serviu, merece todas homenagens. Até porque quem nada fez tem seus nomes estampados em prédios públicos, em vias públicas. O filho do Antônio Carlos Magalhães nunca fez nada por Brasília, muito menos pelo seu estado origem, a Bahia, mas – mesmo assim – o prédio sede da ANATEL, no DF, recebe o seu nome.
Ao incansável guerreiro, minhas condolências.
Descanse em paz, Alencar! Amém.
Ao incansável guerreiro, minhas condolências.
Descanse em paz, Alencar! Amém.
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